O acolhimento institucional ou familiar de crianças e adolescentes tem como princípios a brevidade e a excepcionalidade. Ocorre que, em muitos casos, o prazo legal é extrapolado, pois inviável a reintegração à família nuclear ou extensa e inexistentes interessados em adotá-los.
Diante dessa constatação, o Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça da Infância e da Juventude buscou fomentar a busca ativa por famílias interessadas em adotar crianças e adolescentes, divulgando fotos e vídeos destes, sempre que não se obtiver êxito em sua inserção em família substituta pelo Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (CNJ), tendo em vista o perfil e/ou a inviabilidade de separação de grupos de irmãos, uma vez que os pretendentes à adoção normalmente elegem como perfil desejável crianças saudáveis e de tenra idade, enquanto as demais permanecem por longo tempo à espera de uma família, que em muitos casos não surge.
Essa busca ativa de famílias para adoção de crianças e adolescentes resultou na maior visibilidade de crianças e adolescentes disponíveis para adoção, expectativa de redução do quantitativo de crianças maiores, com patologia e grupos de irmãos, que desejam ser adotados, bem como na integração dos trabalhos com o TJMS, que identificou crianças e adolescentes “de difícil colocação”, disponíveis para adoção, e confeccionou material publicitário, com o auxílio dos Grupos de Apoio à Adoção, além de divulgação no perfil institucional do órgão e gravação de podcast em parceria com a Assessoria de Comunicação do MPMS, desmistificando a adoção tardia.
